19 de setembro de 2012

Treblinka - Jean-François Steiner

    Eu já li três livros sobre Segunda Guerra Mundial, mas nem um outro foi tão frio quanto este, nem consigo descrever os sentimentos que tive ao decorrer desta narrativa.
    Ele retrata a "vida" no campo de concentração de Treblinka. As fugas, as condições de em que os prisioneiros se encontravam, as tentativas de revolta. O autor, apesar de ser judeu, não poupa comentários angustiantes a respeito de tudo isso como o humor negro dos judeus: Você acredita na vida após o trem?; ou quando ele descreve os métodos nazistas para matar em massa e os parabeniza por sua eficácia. Apesar disso, vi frases muito bonitas no decorrer do livro:

"Ama-se a vida como se ama uma mulher de todo o coração, e com o corpo também."

"...As circunstâncias haviam determinado que um morresse para que o outro pudesse viver." - talvez Harry Potter tirou a ideia daí o.O


"Se um estranho te bate, abaixa a cabeça e ele lhe poupará a vida" - trágico, mas verdadeiro.


    Um dos motivos que Jean-François Steiner a este livro foi a revolta que sentiu por saber que seu povo "se deixou exterminar", então ele pesquisou e para sua sorte encontrou a revolta de Treblinka, onde 600 judeus conseguiram escapar.

    Apesar do livro ser bastante interessante, não posso esconder que ele é um tanto enrolado e quando estamos no clímax de algum acontecimento, normalmente o capítulo acaba e a história muda de rumo para explicar alguma coisa ou fato que precisamos entender antes da narrativa continuar de onde havia parado.
    A pior parte do livro é saber que tudo isso aconteceu de verdade, não podemos nos consolar dizendo: nazistas não existem ou: isso não aconteceu. É incrível pensar que o ser "humano" chegou a esse ponto. 

16 de setembro de 2012

Miosótis

    Esta pequena flor andou me perseguindo este ano. Primeiro em O senhor dos anéis - isso que era a terceira vez que eu o lia -, depois em O Conde de Monte Cristo, e por fim, em um poema na apostila de gramática.
 

    A florzinha venceu e fui pesquisar a respeito, principalmente porque diziam que sua cor é azul - minha favorita *-*

    As miosótis me conquistaram no mesmo instante. Também conhecidas como não-se-esqueças-de-mim - forget-me-not - elas podem ser rosa ou brancas também, embora sua cor mais famosa seja azul. É originária da Rússia  e vive no clima temperado, floresce na primavera e é da família das boraginanaceae.

    No geral, há pouca informação sobre ela. Alguns dizem que as miosótis mostram "o caminho" e outros dizem que ela é um símbolo de humildade por seu porte pequeno. Há muitos contos a respeito mas não achei nenhum que me interessasse de verdade, ahh dizem também que seu nome significa orelha de rato.

Aqui estão uns trechos de livros que a citam:

"Os longos cabelos loiros caíam em cachos sobre seus ombros; o vestido era verde, verde como juncos novos, salpicado de prata como gotas de orvalho; o cinto de ouro parecia uma corrente de lírios-roxos, presa por botões azuis de miosótis." - O senhor dos anéis a sociedade do anel, capítulo VII.

"Olhe, ai vêm atrás de nós, ambas de vestido branco, uma com um ramo de camélias e a outra com um ramo de miosótis."  - O Conde de Monte Cristo, capítulo LXX.

"Eles estavam se levantando em uma pista rural limitada por cercas altas, sob um luminoso céu de verão, azul como um miosótis." - Harry Potter e o enigma do príncipe, capítulo X.

6 de setembro de 2012

Fangorn


    Fangorn é uma floresta ao noroeste de Rohan, a terra dos cavaleiros. Ela inspira muitas histórias não muito amigáveis e que são ouvidas até mesmo em Gondor. O próprio Celeborn, o senhor dos Galadhrim aconselhou que a comitiva do anel não passasse por ela.

    Descrita por Pippin e Merry como excessivamente arvoresca, não parece haver animais em Fangorn, tampouco ocorre alguma "faxina de primavera". Apesar disso, ela parece bastante agradável sob a luz do sol.

    O rio Entágua  passa pela floresta e seu nome é uma dica sobre os verdadeiros habitantes de Fangorn, os Ents.

    Ents são pastores de árvores criados pela vala Yavanna, como é explicado em O Silmarillion, para cuidarem das florestas. Falam o entês, uma língua composta por sons sinfônicos parecidos com os de um órgão. Qualquer coisa que se diga nessa língua demora muito tempo, portanto, só falam quando vale a pena fazê-lo e isso faz dos Ents um povo sábio e paciente.

    A infinita busca dos Ents se deve pelo desaparecimento das Entesposas que moravam na margem leste do rio Anduin, as Terras Castanhas. Em consequência do acontecimento, não mais existe crianças Ents. Esse povo foi extremamente importante para a Guerra do Anel devido seu ataque à Isengard.

    Os antigos dizem que Fangorn e a Floresta Velha na fronteira da Terra dos Buques são aparentadas. Ambas guardam ressentimentos de eras passadas e têm vontade própria.